Pois é, a prova é já na segunda-feira... por isso deixo-vos aqui um link para quem estiver interessado em fazer uns exercícios de última hora.
O site é de uma professora de português e tem muita informação válida e muitas fichas de trabalho resolvidas, o que facilita o vosso estudo.
Textos integrais e algo mais...
Bom estudo e bom fim de semana!!
Beijinhos
sábado, 13 de junho de 2015
quarta-feira, 10 de junho de 2015
Trabalhos de grupo sobre a obra "Aventuras de João Sem Medo", de José Gomes Ferreira
Aqui estão os links para os trabalhos realizados pelas três turmas de 9º ano sobre o livro "Aventuras de João Sem Medo", de José Gomes Ferreira.
9º A
Capítulos V e VI
Capítulos VII e VIII
Capítulos IX e X
Capítulo XI
"As Aventuras de João sem medo"
9º B
9º D
Capítulo I
Capítulo II
João Sem Medo capitulo II by Escalhabardo C. (EscalhabardoP on GoAnimate
Capítulos III e IV
Capítulos V, VI e VII
Capítulos VIII e IX
Capítulo X e XI
Bom estudo!
9º A
Capítulos V e VI
Capítulos VII e VIII
Capítulos IX e X
Capítulo XI
"As Aventuras de João sem medo"
9º B
9º D
Capítulo I
Capítulo II
João Sem Medo capitulo II by Escalhabardo C. (EscalhabardoP on GoAnimate
Capítulos III e IV
Capítulos V, VI e VII
Capítulos VIII e IX
Capítulo X e XI
Bom estudo!
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Informações das provas finais de 9º ano 2015
A pedido da Direção da escola, aqui vos deixo um link relativo a informações importantes sobre a prova final de 9º ano 2015, para que possam consultar com atenção, juntamente com os vossos encarregados de educação. Também estará para consulta na página da escola, no caso de não conseguirem aceder ao link abaixo.
Informações das provas finais de 9º ano - 2015
Bom estudo!
Informações das provas finais de 9º ano - 2015
Bom estudo!
terça-feira, 2 de junho de 2015
Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector
Ora aqui temos mais um link de um dos textos indicados pelas metas curriculares, no âmbito da Educação Literária. Encontrei-o no site da Biblioteca Municipal de Arraiolos, disponível para consulta.
Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector e outros textos da mesma autora.
E ainda uma adaptação do texto.
Boas leituras
Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector e outros textos da mesma autora.
E ainda uma adaptação do texto.
Boas leituras
segunda-feira, 25 de maio de 2015
Correção da análise dos poemas
Como prometido, aqui fica a correção das perguntas sobre os poemas trabalhados em grupo.
Bom estudo
Bom estudo
Texto narrativo
Para o estudo do texto narrativo e para servir de base a muitos dos trabalhos sobre os textos em estudo, aqui vos deixo alguns links.
Categorias da narrativa
Bom trabalho!
Categorias da narrativa
Bom trabalho!
sábado, 23 de maio de 2015
Aventuras de João Sem Medo - Cidade da confusão
Aqui está um vídeo para vos aguçar a curiosidade...
Boas leituras e bom trabalho!
Boas leituras e bom trabalho!
segunda-feira, 18 de maio de 2015
"Porque Morreu Inês de Castro" - documentário
Um documentário simples para quem tiver interesse em entender as causas da morte de Inês de Castro.
Bom estudo!
Bom estudo!
quarta-feira, 13 de maio de 2015
Conversor ortográfico
Tendo em conta que já é oficial e que uma parte da cotação da prova final depende de o conhecerem bem, aqui fica um conversor automático para o atual acordo ortográfico, para tirarem dúvidas de momento.
Bom estudo!
Bom estudo!
quarta-feira, 6 de maio de 2015
Orações subordinadas
Deixo aqui alguns exercícios de preparação para o teste, sobre orações subordinadas.
1. Lê as frases.
a)
Caso o Silvestre não tivesse ido à loja,
nada teria acontecido.
b)
Silvestre apenas disse que o trabalho dos agricultores
não era bem pago.
c)
O Ramos ficou tão exaltado que lhe chamou
inócuo.
d)
O Silvestre, que era boa pessoa, ficou
admirado.
e)
Quando as pessoas ouviram aquela palavra
desconhecida, pensaram que era um insulto.
f)
Embora a palavra fosse desconhecida, as
pessoas formularam juízos negativos.
g)
Todos atribuíam sentidos errados à palavra, porque
não a conheciam.
h)
O Silvestre devolveu o insulto ao Ramos, para
que não o julgassem parvo.
i)
Quem teve a atitude mais inteligente foi
o rapazinho.
j)
“Inócuo” tornou-se tão ofensivo como o calão
é grosseiro.
k)
O juiz que o Bernardino procurou
esclareceu-o sobre o significado da palavra.
l)
O filho do Gomes, que andava no colégio,
procurou a palavra no dicionário.
m)
A mãe do rapaz pediu-lhe que ignorasse a
palavra.
n)
Mal o rapazito compreendeu o significado de “inócuo”,
foi contar a toda a gente.
o)
A palavra continuou a ser mal utilizada ainda
que já se conhecesse o seu significado.
p)
Bernardino procurou o juiz a fim de que encontrassem
um castigo para o agressor.
1.1. Classifica
as orações sublinhadas nas frases.
2.
Transforma cada par de frases simples em
frases complexas que expressem o valor indicado. Faz as alterações necessárias.
a)
A confusão instalou-se no povoado.
O Ramos chamou inócuo ao Silvestre. (CAUSA)
b)
Silvestre era um homem pacífico.
Silvestre não gostou de ser insultado. (CONTRASTE)
c)
Inócuo era uma palavra estranha.
Todos atribuíam à palavra um sentido negativo. (CONSEQUÊNCIA)
d)
As pessoas apresentavam queixas no tribunal.
O juiz perguntava o significado atribuído à palavra. (TEMPO)
e)
O Ramos não tinha ouvido a palavra.
A confusão não se tinha desencadeado. (CONDIÇÃO)
f)
Silvestre chamou “inoque” ao Ramos.
Ramos não sairia vencedor da discussão. (FIM)
Sugestões de resolução
1.1. a) oração subordinada
adverbial condicional; b) oração subordinada substantiva completiva; c) oração
subordinada adverbial consecutiva; d) oração subordinada adjetiva relativa
explicativa; e) oração subordinada adverbial temporal; f) oração subordinada
adverbial concessiva; g) oração subordinada adverbial causal; h) oração
subordinada adverbial final; i) oração subordinada substantiva relativa; j)
oração subordinada adverbial comparativa; k) oração subordinada adjetiva
relativa restritiva; l) oração subordinada adjetiva relativa explicativa; m)
oração subordinada substantiva completiva; n) oração subordinada adverbial
temporal; o) oração subordinada adverbial concessiva; p) oração subordinada
adverbial final. 2. a) A confusão instalou-se no povoado porque o Ramos chamou
inócuo ao Silvestre. b) Ainda que Silvestre fosse um homem pacífico, não gostou
de ser insultado. c) Inócuo era uma palavra tão estranha que todos lhe
atribuíam um sentido negativo. d) Sempre que as pessoas apresentavam queixas no
tribunal, o juiz perguntava o significado atribuído à palavra. e) Se o Ramos
não tivesse ouvido a palavra, a confusão não se teria desencadeado. f)
Silvestre chamou “inoque” ao Ramos a fim de que ele não saísse vencedor da
discussão.
(retirado de Conto Contigo 9. Conceição Monteiro Neto,
Laura Guimarães, Olga Brochado, Rosa Maria Amaral, Susana Nunes. Areal Editores.)
terça-feira, 5 de maio de 2015
Correção dos exercícios de gramática do manual
A pedido de alguns alunos, aqui está a correção dos exercícios de gramática da página 223.
Correção do exercício da página 290-293 do manual.
Bom estudo!!
Correção do exercício da página 290-293 do manual.
Correção dos exercícios da página 291.
Bom estudo!!
Exercícios de gramática
Encontrei esta compilação com exercícios de gramática retirados dos exames de 9º e 12º ano. Já têm a correção, para facilitar o vosso estudo.
Ficha de preparação para o exame
Bom estudo!
Ficha de preparação para o exame
Bom estudo!
quarta-feira, 29 de abril de 2015
Matriz 5º teste de avaliação
Bom dia a todos!
Aqui deixo a matriz para o próximo teste, que segue a estrutura que temos vindo a trabalhar.
Grupo I - Leitura
Parte A
- Texto informativo/crónica com perguntas de resposta fechada (ordenação, verdadeiro/falso, resposta múltipla, etc.)
Parte B
- Texto poético com perguntas de resposta mais longa.
- Ver:
Parte C
- Excerto de "Os Lusíadas" que servirá de base a uma questão de resposta longa (70 a 140 palavras) - texto expositivo ou argumentativo.
- A saber:
- Classes de palavras (todas)
- Funções sintáticas (todas)
- O pronome pessoal atóno em adjacência verbal (pronominalização)
- Funções sintáticas dos pronomes pessoais
- Orações coordenadas e subordinadas
- Discurso direto e indireto
Grupo III - Escrita
- Texto longo (180 a 240 palavras) sobre tema fornecido
- Texto argumentativo ou narrativo
Bom estudo e bom fim de semana prolongado... :)
Aqui deixo a matriz para o próximo teste, que segue a estrutura que temos vindo a trabalhar.
Grupo I - Leitura
Parte A
- Texto informativo/crónica com perguntas de resposta fechada (ordenação, verdadeiro/falso, resposta múltipla, etc.)
Parte B
- Texto poético com perguntas de resposta mais longa.
- Ver:
- Noções de versificação: métrica, rima e classificação de estrofes;
- Recursos expressivos
Parte C
- Excerto de "Os Lusíadas" que servirá de base a uma questão de resposta longa (70 a 140 palavras) - texto expositivo ou argumentativo.
- A saber:
- Características do texto expositivo e do texto argumentativo
- Estrutura interna e externa da obra
- Recursos expressivos
- Importância do episódio em análise para o sentido global da obra
- Classes de palavras (todas)
- Funções sintáticas (todas)
- O pronome pessoal atóno em adjacência verbal (pronominalização)
- Funções sintáticas dos pronomes pessoais
- Orações coordenadas e subordinadas
- Discurso direto e indireto
Grupo III - Escrita
- Texto longo (180 a 240 palavras) sobre tema fornecido
- Texto argumentativo ou narrativo
Bom estudo e bom fim de semana prolongado... :)
quarta-feira, 15 de abril de 2015
domingo, 8 de março de 2015
Resumo em prosa de alguns episódios de "Os Lusíadas"
"INÍCIO DA NARRAÇÃO E CONSÍLIO DOS DEUSES
Iam os barcos já na costa de Moçambique, rápidos, entre a branca espuma das ondas.
A Índia estava longe, mas o caminho para alcançá-la era aquele e decerto lá chegariam, se o vento e o mar lhes fossem favoráveis e, sobretudo, se a coragem não os abandonasse.
Ai deles, porém!
Sempre que um povo tenta desvendar e conhecer paragens até então desconhecidas, parece que as forças da natureza ou a inveja dos outros homens tudo fazem para os não deixar vencer...
Assim, os deuses ou forças, que vivem nas coisas e nas almas, discutiam se sim ou não os deviam deixar triunfar.
Júpiter, Vénus, Baco, Marte, Apolo e Neptuno juntaram-se todos para resolver se dariam ou não auxílio aos portugueses.
Bastava que Júpiter desencadeasse um grande temporal sobre as frágeis embarcações para que um naufrágio as engolisse. Vénus e Marte, que eram amigos dos portugueses, não queriam. Mas Baco, que tivera outrora poder na Índia e receava que os portugueses lho tirassem, preparava-se para os inquietar...
No Olimpo, grande discussão houve entre os deuses a propósito dos nossos portugueses e da melhor decisão a tomar sobre o destino das suas naus...
INÊS DE CASTRO
Aconteceu um caso triste, mas que mostra quanto é sincero e terno o coração dos portugueses...
D. Afonso IV tinha um filho, D. Pedro, que gostava muito de uma dama da rainha, chamada D. Inês de Castro; mas o príncipe não podia casar com uma senhora qualquer, mas só com uma princesa de sangue real. Por isso, D. Afonso afligia-se ao ver o filho tão preso dos encantos de D. Inês e não querendo casar-se com nenhuma princesa verdadeira.
O Rei aconselha-se com os seus ministros e resolveram tirar a vida à pobre D. Inês, cujo o único pecado e crime era amar o seu príncipe.
Vão buscá-la a Coimbra e trazem-na arrastada à presença do Rei.
Apertando muito ao peito os filhinhos que tinha de D. Pedro, Inês chora, pede e suplica piedade, não para ela, mas para os filhos que, ficando órfãos, tudo perderiam.
Ainda se comove o rei, mas não se comovem os conselheiros. Arrancam das espadas de aço fino e trespassam o seio da formosa Inês.
Assim que ela morreu, chorou-a todo o povo, tão nova e bonita era a apaixonada de D. Pedro. Este não se esqueceu nunca da sua amada. Assim que subiu ao trono, coroou-a rainha como se viva fosse, entre festejos e pompas solenes. E castigou com severidade os ministros responsáveis pela morte da sua amada. Mas nem só a eles castigou. Enquanto reinou nunca perdoou nenhum crime, e não consentiu já mais que um homem mau vivesse tranquilo e impune.
Foi justo e, por vezes, cruel. Mas, austero e bravo, soube defender o seu reino das cobiças alheias.
(...)
DESPEDIDAS DE BELÉM
No porto de Lisboa, onde o Tejo mistura as suas águas com a água salgada do mar, estão as naus prontas a sair.
Ninguém receia a viagem aventurosa. Ninguém vacila em seguir Vasco da Gama por toda a parte.
Na praia, guerreiros e marujos passeiam os seus fatos novos. Os ventos sossegados fazem ondular os estandartes nas fortes e belas naus que prometem tornar-se um dia estrelas brilhantes no céu da glória...
Estão as naus aparelhadas e os navegadores prontos para todas as traições e lutas do mar. Pediram a Deus, antes de partir, a protecção e ajuda, favor celeste que os guiasse. Por fim, saíram da Capela de Santa Maria para bordo. A gente da cidade acompanhou-os, em grande multidão, chorando e gritando. Suspiravam os homens que ficavam. Todos receavam a perda dos nautas nos desconhecidos oceanos que iam navegar. Mães, esposas, irmãs imaginavam já não os tornar a ver.
ADAMASTOR
Cinco dias depois da aventura de Veloso, numa noite em que sopravam ventos prósperos, uma nuvem imensa, que os ares escurecia, apareceu de súbito sobre as cabeças dos marinheiros. Tão temerosa e carregada vinha que os seus valentes corações se encheram de pavor. O mar bramia ao longe, como se batesse nalgum distante rochedo. Tudo infundia pavor.
Erguendo a voz ao céu, Vasco da Gama suplicou piedade a Deus. Mal acabava de rezar, um figura surgiu no ar, robusta, fortíssima, gigantesca, de rosto pálido e zangado, de barba suja, de olhos encovados e numa atitude feroz. Num tom de voz grosso, começou a falar-lhes.
Arrepiaram-se todos, só de ouvir e ver tão monstruosa criatura. Disse então o gigante, voltando-se para eles:
- Ó gente ousada, já que vindes devassar os meus segredos escondidos, que nenhum humano deveria conhecer, ouvi agora os danos que prevejo para vós, para a vossa raça, que subjugará, no entanto, ainda todo o largo mar e toda a imensa terra. Ficai sabendo que todas as naus que fizerem esta viagem encontrarão as maiores dificuldades nestes meus domínios. Punirei a primeira armada que vier aqui depois da vossa e os seus tripulantes mal sentirão talvez o perigo de me defrontarem. Hei-de também vingar-me de quem primeiro me descobriu, Bartolomeu Dias, fazendo-o naufragar aqui mesmo e outras vinganças imprevistas executarei...
Era tão assustador o que ele dizia, que Gama o interrompeu e lhe perguntou quem ele era e por que estava assim tão zangado.
Ele respondeu:
- Eu sou aquele cabo a que chamam Tormentório, andei na luta contra o meu deus, Júpiter, fiz-me capitão do mar e conquistei as ondas do oceano. Apaixonei-me então por Tétis, princesa do mar filha de Neptuno. Mas como eu sou tão feio, ela nem me podia olhar... Determinei conquistá-la à força e mandei participar esta minha intenção. Esta fingiu aceitar o meu pedido de casamento... julguei certa noite vê-la e supus que vinha visitar-me e combinar as nossas bodas. Corri para ela como um doido e comecei a abraçá-la. Achei-me, no entanto, de repente abraçado a um duro monte, pois Tétis transformara-se em rocha feia e fria. Vendo um penedo a tocar a minha fronte, penedo me tornei também de desespero. Para redobrar as minhas mágoas, Tétis anda sempre me cercando, transformada em onda.
Assim contou a sua história o gigante Adamastor ... E logo a nuvem negra se desfez e o mar bramiu ao longe.
Gama de novo rezou a Deus, pedindo-lhe que os guardasse dos perigos que o Adamastor anunciara.
A TEMPESTADE E A CHEGADA À ÍNDIA
...Queria Veloso continuar a heróica narrativa, quando o mestre do navio pediu aos seus ouvintes e a ele que estivessem alerta...
Desencadeia-se a terrível tempestade. Rompe-se a vela grande da nau de Veloso, pois não houvera tempo de amainá-la. Alaga-se o navio todo com as ondas, que o envolvem espumando, e a água entra pelos porões. Os marinheiros correm a dar à bomba, para evitar o naufrágio, que parece certo.
O navio maior, em que navegava Paulo da Gama, leva o mastro quebrado.
Tão perto da Índia estavam os portugueses e tão impossível se lhes afigurava lá chegar, nessa hora de tragédia!
Vasco da Gama, entre o fulgor da procela, ergue a alma a Deus e, enquanto os marinheiros lutam contra a fúria do Oceano, a Deus suplica porto e salvamento.
Sossega o mar, cala-se o vento um pouco, graças à intervenção Vénus e das Nereidas junto dos Ventos.
As naus portuguesas retomam outra vez o seu rumo para a Índia. Baco fora vencido de novo e já não poderia contrariar os desígnios da gente lusitana.
A manhã clareava nos outeiros por onde passa o rio Ganges, quando da gávea alta os marinheiros enxergaram terra, pela proa das naus.
O piloto melindano exclama que a terra que se avista enfim é Calecut, cidade da Índia."
Excerto da adaptação em prosa de Os Lusíadas, escrita por João de Barros.
Retirado do site http://jorge-almeida.blogspot.pt/ (consultado em 08/03/2015)
Iam os barcos já na costa de Moçambique, rápidos, entre a branca espuma das ondas.
A Índia estava longe, mas o caminho para alcançá-la era aquele e decerto lá chegariam, se o vento e o mar lhes fossem favoráveis e, sobretudo, se a coragem não os abandonasse.
Ai deles, porém!
Sempre que um povo tenta desvendar e conhecer paragens até então desconhecidas, parece que as forças da natureza ou a inveja dos outros homens tudo fazem para os não deixar vencer...
Assim, os deuses ou forças, que vivem nas coisas e nas almas, discutiam se sim ou não os deviam deixar triunfar.
Júpiter, Vénus, Baco, Marte, Apolo e Neptuno juntaram-se todos para resolver se dariam ou não auxílio aos portugueses.
Bastava que Júpiter desencadeasse um grande temporal sobre as frágeis embarcações para que um naufrágio as engolisse. Vénus e Marte, que eram amigos dos portugueses, não queriam. Mas Baco, que tivera outrora poder na Índia e receava que os portugueses lho tirassem, preparava-se para os inquietar...
No Olimpo, grande discussão houve entre os deuses a propósito dos nossos portugueses e da melhor decisão a tomar sobre o destino das suas naus...
INÊS DE CASTRO
Aconteceu um caso triste, mas que mostra quanto é sincero e terno o coração dos portugueses...
D. Afonso IV tinha um filho, D. Pedro, que gostava muito de uma dama da rainha, chamada D. Inês de Castro; mas o príncipe não podia casar com uma senhora qualquer, mas só com uma princesa de sangue real. Por isso, D. Afonso afligia-se ao ver o filho tão preso dos encantos de D. Inês e não querendo casar-se com nenhuma princesa verdadeira.
O Rei aconselha-se com os seus ministros e resolveram tirar a vida à pobre D. Inês, cujo o único pecado e crime era amar o seu príncipe.
Vão buscá-la a Coimbra e trazem-na arrastada à presença do Rei.
Apertando muito ao peito os filhinhos que tinha de D. Pedro, Inês chora, pede e suplica piedade, não para ela, mas para os filhos que, ficando órfãos, tudo perderiam.
Ainda se comove o rei, mas não se comovem os conselheiros. Arrancam das espadas de aço fino e trespassam o seio da formosa Inês.
Assim que ela morreu, chorou-a todo o povo, tão nova e bonita era a apaixonada de D. Pedro. Este não se esqueceu nunca da sua amada. Assim que subiu ao trono, coroou-a rainha como se viva fosse, entre festejos e pompas solenes. E castigou com severidade os ministros responsáveis pela morte da sua amada. Mas nem só a eles castigou. Enquanto reinou nunca perdoou nenhum crime, e não consentiu já mais que um homem mau vivesse tranquilo e impune.
Foi justo e, por vezes, cruel. Mas, austero e bravo, soube defender o seu reino das cobiças alheias.
(...)
DESPEDIDAS DE BELÉM
No porto de Lisboa, onde o Tejo mistura as suas águas com a água salgada do mar, estão as naus prontas a sair.
Ninguém receia a viagem aventurosa. Ninguém vacila em seguir Vasco da Gama por toda a parte.
Na praia, guerreiros e marujos passeiam os seus fatos novos. Os ventos sossegados fazem ondular os estandartes nas fortes e belas naus que prometem tornar-se um dia estrelas brilhantes no céu da glória...
Estão as naus aparelhadas e os navegadores prontos para todas as traições e lutas do mar. Pediram a Deus, antes de partir, a protecção e ajuda, favor celeste que os guiasse. Por fim, saíram da Capela de Santa Maria para bordo. A gente da cidade acompanhou-os, em grande multidão, chorando e gritando. Suspiravam os homens que ficavam. Todos receavam a perda dos nautas nos desconhecidos oceanos que iam navegar. Mães, esposas, irmãs imaginavam já não os tornar a ver.
ADAMASTOR
Cinco dias depois da aventura de Veloso, numa noite em que sopravam ventos prósperos, uma nuvem imensa, que os ares escurecia, apareceu de súbito sobre as cabeças dos marinheiros. Tão temerosa e carregada vinha que os seus valentes corações se encheram de pavor. O mar bramia ao longe, como se batesse nalgum distante rochedo. Tudo infundia pavor.
Erguendo a voz ao céu, Vasco da Gama suplicou piedade a Deus. Mal acabava de rezar, um figura surgiu no ar, robusta, fortíssima, gigantesca, de rosto pálido e zangado, de barba suja, de olhos encovados e numa atitude feroz. Num tom de voz grosso, começou a falar-lhes.
Arrepiaram-se todos, só de ouvir e ver tão monstruosa criatura. Disse então o gigante, voltando-se para eles:
- Ó gente ousada, já que vindes devassar os meus segredos escondidos, que nenhum humano deveria conhecer, ouvi agora os danos que prevejo para vós, para a vossa raça, que subjugará, no entanto, ainda todo o largo mar e toda a imensa terra. Ficai sabendo que todas as naus que fizerem esta viagem encontrarão as maiores dificuldades nestes meus domínios. Punirei a primeira armada que vier aqui depois da vossa e os seus tripulantes mal sentirão talvez o perigo de me defrontarem. Hei-de também vingar-me de quem primeiro me descobriu, Bartolomeu Dias, fazendo-o naufragar aqui mesmo e outras vinganças imprevistas executarei...
Era tão assustador o que ele dizia, que Gama o interrompeu e lhe perguntou quem ele era e por que estava assim tão zangado.
Ele respondeu:
- Eu sou aquele cabo a que chamam Tormentório, andei na luta contra o meu deus, Júpiter, fiz-me capitão do mar e conquistei as ondas do oceano. Apaixonei-me então por Tétis, princesa do mar filha de Neptuno. Mas como eu sou tão feio, ela nem me podia olhar... Determinei conquistá-la à força e mandei participar esta minha intenção. Esta fingiu aceitar o meu pedido de casamento... julguei certa noite vê-la e supus que vinha visitar-me e combinar as nossas bodas. Corri para ela como um doido e comecei a abraçá-la. Achei-me, no entanto, de repente abraçado a um duro monte, pois Tétis transformara-se em rocha feia e fria. Vendo um penedo a tocar a minha fronte, penedo me tornei também de desespero. Para redobrar as minhas mágoas, Tétis anda sempre me cercando, transformada em onda.
Assim contou a sua história o gigante Adamastor ... E logo a nuvem negra se desfez e o mar bramiu ao longe.
Gama de novo rezou a Deus, pedindo-lhe que os guardasse dos perigos que o Adamastor anunciara.
A TEMPESTADE E A CHEGADA À ÍNDIA
...Queria Veloso continuar a heróica narrativa, quando o mestre do navio pediu aos seus ouvintes e a ele que estivessem alerta...
Desencadeia-se a terrível tempestade. Rompe-se a vela grande da nau de Veloso, pois não houvera tempo de amainá-la. Alaga-se o navio todo com as ondas, que o envolvem espumando, e a água entra pelos porões. Os marinheiros correm a dar à bomba, para evitar o naufrágio, que parece certo.
O navio maior, em que navegava Paulo da Gama, leva o mastro quebrado.
Tão perto da Índia estavam os portugueses e tão impossível se lhes afigurava lá chegar, nessa hora de tragédia!
Vasco da Gama, entre o fulgor da procela, ergue a alma a Deus e, enquanto os marinheiros lutam contra a fúria do Oceano, a Deus suplica porto e salvamento.
Sossega o mar, cala-se o vento um pouco, graças à intervenção Vénus e das Nereidas junto dos Ventos.
As naus portuguesas retomam outra vez o seu rumo para a Índia. Baco fora vencido de novo e já não poderia contrariar os desígnios da gente lusitana.
A manhã clareava nos outeiros por onde passa o rio Ganges, quando da gávea alta os marinheiros enxergaram terra, pela proa das naus.
O piloto melindano exclama que a terra que se avista enfim é Calecut, cidade da Índia."
Excerto da adaptação em prosa de Os Lusíadas, escrita por João de Barros.
Retirado do site http://jorge-almeida.blogspot.pt/ (consultado em 08/03/2015)
Episódio de "O Adamastor"
Para quem estiver interessado, aqui vai um link com informação bastante completa e correta sobre o episódio de "O Adamastor".
Bom estudo e bom trabalho...
Bom estudo e bom trabalho...
Matriz para o 4º teste de avaliação
A estrutura do 4º teste vai ser semelhante à que temos vindo a fazer, pois temos de treinar a estrutura de exame.
Grupo I - Leitura e Educação Literária
- Texto A com perguntas de resposta fechada (escolha múltipla/verdadeiro-falso/ordenação de sequências...)
- Texto B com perguntas de resposta mais extensa
. "Os Lusíadas" - Estudar todos os excertos trabalhados até agora - Proposição, Invocação, episódio do Consílio dos Deuses, Inês de Castro, Despedidas em Belém e Adamastor.
Apesar de o episódio do Consílio dos Deuses já ter saído e de o do Adamastor, à exceção da turma D, não ter sido acabado de analisar, estudem na mesma, pois poderão sempre necessitar deles para fundamentar outra resposta no teste;
. Recursos expressivos;
Pergunta de resposta extensa (70 a 140 palavras) - texto expositivo ou de opinião:
. Contextualização histórico-cultural da obra;
. Qualquer um dos excertos estudados;
. Estrutura externa e interna da obra, para situar os excertos na globalidade da obra, mas também para referirem aspetos formais da mesma;
Grupo II - Gramática
Qualquer conteúdo de gramática estudado este ano letivo, com maior incidência nos estudados no último teste, ao que se acrescentam os trabalhados nas últimas aulas:
- Classes de palavras, atenção a:
. conjunções e locuções conjuncionais,
. pronomes e determinantes relativos,
. verbos/subclasses do verbo,
. adjetivos, com tudo o que a eles diz respeito.
- Funções sintáticas:
. sujeito/tipos de sujeito,
. predicado,
. complementos direto, indireto e oblíquo,
. modificador do grupo verbal,
. modificador de frase,
. modificador do nome - restritivo e apositivo,
. predicativo do sujeito,
. complemento agente da passiva
- Orações coordenadas e subordinadas - todas
- Frase ativa e passiva
Grupo III - Escrita
- Texto argumentativo (texto de opinião, comentário crítico)
Bom estudo :)
Grupo I - Leitura e Educação Literária
- Texto A com perguntas de resposta fechada (escolha múltipla/verdadeiro-falso/ordenação de sequências...)
- Texto B com perguntas de resposta mais extensa
. "Os Lusíadas" - Estudar todos os excertos trabalhados até agora - Proposição, Invocação, episódio do Consílio dos Deuses, Inês de Castro, Despedidas em Belém e Adamastor.
Apesar de o episódio do Consílio dos Deuses já ter saído e de o do Adamastor, à exceção da turma D, não ter sido acabado de analisar, estudem na mesma, pois poderão sempre necessitar deles para fundamentar outra resposta no teste;
. Recursos expressivos;
Pergunta de resposta extensa (70 a 140 palavras) - texto expositivo ou de opinião:
. Contextualização histórico-cultural da obra;
. Qualquer um dos excertos estudados;
. Estrutura externa e interna da obra, para situar os excertos na globalidade da obra, mas também para referirem aspetos formais da mesma;
Grupo II - Gramática
Qualquer conteúdo de gramática estudado este ano letivo, com maior incidência nos estudados no último teste, ao que se acrescentam os trabalhados nas últimas aulas:
- Classes de palavras, atenção a:
. conjunções e locuções conjuncionais,
. pronomes e determinantes relativos,
. verbos/subclasses do verbo,
. adjetivos, com tudo o que a eles diz respeito.
- Funções sintáticas:
. sujeito/tipos de sujeito,
. predicado,
. complementos direto, indireto e oblíquo,
. modificador do grupo verbal,
. modificador de frase,
. modificador do nome - restritivo e apositivo,
. predicativo do sujeito,
. complemento agente da passiva
- Orações coordenadas e subordinadas - todas
- Frase ativa e passiva
Grupo III - Escrita
- Texto argumentativo (texto de opinião, comentário crítico)
Bom estudo :)
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015
terça-feira, 24 de fevereiro de 2015
Inês de Castro
Mais um link de análise do episódio de Inês de Castro, para ajudar os mais distraídos...
Bom estudo!
domingo, 15 de fevereiro de 2015
"Os Lusíadas" em BD
Como estamos no Carnaval, aqui está uma versão engraçada em BD da obra "Os Lusíadas".
Para se divertirem...
Bom Carnaval
Para se divertirem...
Bom Carnaval
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Episódio de Inês de Castro
Aqui têm um link com informação pormenorizada, que vos poderá ajudar no estudo do episódio de Inês de Castro.
Bom estudo!
Bom estudo!
domingo, 8 de fevereiro de 2015
Matriz do 3º teste de português
A estrutura do teste vai ser semelhante à do último teste que fizemos.
Assim, teremos:
Grupo I - Leitura e Educação Literária
- Texto A com perguntas de resposta fechada (escolha múltipla/verdadeiro-falso/ordenação de sequências...)
- Texto B com perguntas de resposta mais extensa
. "Os Lusíadas" - Proposição, Invocação, episódio do Consílio dos Deuses e de Inês de Castro;
. Recursos expressivos;
Pergunta de resposta extensa (70 a 140 palavras)
. Contextualização histórico-cultural da obra;
. Estrutura externa e interna da obra;
Grupo II - Gramática
Qualquer conteúdo de gramática estudado este ano letivo, com maior incidência em:
- Classes de palavras (atenção às conjunções e locuções conjuncionais, pronomes e determinantes relativos, verbos/subclasses do verbo, sem esquecer totalmente as outras)
- Funções sintáticas (sujeito/tipos de sujeito, predicado, complementos direto, indireto e oblíquo, modificador do grupo verbal, modificador de frase, modificador do nome, predicativo do sujeito)
- Orações coordenadas e subordinadas - todas
Grupo III - Escrita
- Texto argumentativo (texto de opinião, comentário crítico)
Bom estudo :)
Assim, teremos:
Grupo I - Leitura e Educação Literária
- Texto A com perguntas de resposta fechada (escolha múltipla/verdadeiro-falso/ordenação de sequências...)
- Texto B com perguntas de resposta mais extensa
. "Os Lusíadas" - Proposição, Invocação, episódio do Consílio dos Deuses e de Inês de Castro;
. Recursos expressivos;
Pergunta de resposta extensa (70 a 140 palavras)
. Contextualização histórico-cultural da obra;
. Estrutura externa e interna da obra;
Grupo II - Gramática
Qualquer conteúdo de gramática estudado este ano letivo, com maior incidência em:
- Classes de palavras (atenção às conjunções e locuções conjuncionais, pronomes e determinantes relativos, verbos/subclasses do verbo, sem esquecer totalmente as outras)
- Funções sintáticas (sujeito/tipos de sujeito, predicado, complementos direto, indireto e oblíquo, modificador do grupo verbal, modificador de frase, modificador do nome, predicativo do sujeito)
- Orações coordenadas e subordinadas - todas
Grupo III - Escrita
- Texto argumentativo (texto de opinião, comentário crítico)
Bom estudo :)
Sistematização dos cantos d' "Os Lusíadas"
Aqui está uma sistematização dos 10 cantos d' "Os Lusíadas" para que se situem na obra.
Bom estudo...
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
"Os Lusíadas"
Visitem esta página que tem muita informação válida sobre a obra "Os Lusíadas".
Os Lusíadas
Bom estudo!
Os Lusíadas
Bom estudo!
Luís Vaz de Camões
Enquanto andava aqui pela internet, descobri esta página com algumas histórias, poemas e textos vários relacionados com a vida de Camões.
Para quem estiver interessado...
Folha de poesia
Boas leituras
segunda-feira, 26 de janeiro de 2015
Coordenação e subordinação
Coloquei um powerpoint sobre a coordenação e a subordinação no separador de Gramática, para poderes estudar e praticar.
Coordenação e subordinação
Bom trabalho!!
Coordenação e subordinação
Bom trabalho!!
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
O resumo e a síntese
Ainda que ligeiramente atrasado... aqui fica uma explicação sobre a elaboração de resumos e sínteses.
Resumo e síntese
Bom trabalho!!
Resumo e síntese
Bom trabalho!!
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Bom trabalho!
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
Ficha informativa sobre Gil Vicente
Recolhi alguns apontamentos e montei esta pequena ficha informativa que sistematiza a matéria dada sobre Gil Vicente. Vai ser útil para o vosso estudo para exame.
Ficha informativa sobre Gil Vicente
Bom estudo!
Ficha informativa sobre Gil Vicente
Bom estudo!
De volta ao trabalho
Pois é, cá estamos nós em 2015 e de volta ao trabalho em mais um período escolar.
Retomando a nossa matéria, deixo aqui um link com informações sobre as personagens de Gil Vicente, do blogue Letras em Armamar, por sinal um blogue com bastante informação pertinente para o vosso estudo ao longo deste ano.
Personagens de Gil Vicente
Bom estudo!
Retomando a nossa matéria, deixo aqui um link com informações sobre as personagens de Gil Vicente, do blogue Letras em Armamar, por sinal um blogue com bastante informação pertinente para o vosso estudo ao longo deste ano.
Personagens de Gil Vicente
Bom estudo!
quinta-feira, 1 de janeiro de 2015
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