Este livro de Tom Boyne conta-nos a história de um rapazinho de 9 anos de idade, Bruno, que, ao chegar a casa depois de um dia de escola, encontra a sua casa num tremendo reboliço e é informado de que irá, juntamente com a sua família, mudar de casa.
O seu pequeno mundo sofre uma tremenda reviravolta e Bruno vê-se obrigado, de um momento para o outro, a deixar a sua casa, os seus amigos, a sua escola, ou seja, tudo aquilo que conhecia naquele momento, principalmente, os seus avós, a quem era tão chegado.
O seu pai, militar alemão, havia sido promovido pelo "Fúria" e, por isso, deveria mudar-se para "Acho-vil", como Bruno dizia.
Depois de já estar instalado na casa nova, Bruno avista ao longe, da janela do seu quarto, uma espécie de "quinta" vedada com arame, onde se podiam ver homens e rapazinhos que andavam sempre de pijama às riscas azuis.
Sentindo-se sozinho e sem nada para fazer, Bruno decide, sem o conhecimento da família, partir à exploração e acaba por fazer amizade com um rapazinho mais ou menos da sua idade, do outro lado da rede: o rapaz do pijama às riscas.
Um livro comovente, que nos relata na perspectiva inocente de duas crianças aquele que foi um dos momentos mais negros e horripilantes da história da humanidade: a Segunda Guerra Mundial e a perseguição e genocídio de milhares e milhares de judeus.
Recomendo vivamente a leitura deste livro, não só pela surpresa do seu desfecho, mas também porque nos alerta para o perigo dos muros que barricam pessoas e ideias e principalmente para as atitudes extremistas e o que elas podem provocar.
Excelente!!
